Eu
sempre fui uma pessoa inquieta. Não consigo ficar parada. Tudo bem
que essa inquietação toda hora, pode debandar pra um lado ruim, mas
não é essa inquietação que eu falo. É a inquietação que o
movimento gera. A inquietação contrária à ociosidade. A
inquietação que instiga a procura, a ação. Ela não está
relacionada à velocidade. Afinal, pode-se agir na velocidade que lhe
é peculiar. Também não está relacionada à uma diarreia de
pensamentos. Quer dizer, nem sempre. O ócio me parece um puta
desperdício. Desperdício de vida, de energia. Não entendo como
algumas pessoas deixam a vida passar, e não passam por ela. Caramba!
Sabe-se lá até quando temos tempo pra fazer o que queremos, pra
mudar o disco, pra construir ou reconstruir. Me peguei pensando em
umas dessas inquietações. Que triste passar a vida justificando o
não ato e acabar vivendo o não vivido. Já pensou? Que coisa
doida. Viver o não vivido. Um tanto quanto contraditório e ainda
assim uma realidade nas vidas. Minha gente! Como pode? Sabendo que
não se sabe aonde tá a linha de chegada, o que se faz? Deixa de
correr? E faz o que? Senta e vê os outros correrem? E de onde se
está, será que dá pra ver qual a sensação de quem chegou, fez,
correu? Não. Fica só na imaginação. Ah, poderia correr se a linha
estivesse lá. E se estivesse lá diria que correria se não houvesse
sol. E se não houvesse sol? Aí acharia uma não tão boa desculpa
pra justificar a inércia. A não ação. Adiando uma vida que uma
hora vai ter que ser vivida.
A vida às vezes me parece bolhas de sabão, a qualquer momento elas podem explodir e se acabar! :)
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