Quando me permiti, me entreguei, cresci, me reinventei e
percebi como podemos viver de maneira mais leve e com mais amor com o próximo.
Relações de disputa, de poder, não me interessam mais. Eu, que então estava no
auge dos meus 21 anos. Permiti entregar-me ao meu coração, ao desconhecido.
Numa construção deliciosa de se reencontrar, reconstruir, recomeçar, repensar,
todos os dias. De entender a importância de ser um pra ser dois. De ser um pra
ser três, quatro e quantos quer que sejam. Ser um sendo todos. Ser um sendo um.
Essa inquietação interna com o que pode ser alcançado se a
gente questionar, se a gente permitir ver além.... transformar essas
inquietações em algo produtivo, em mudanças efetivas.
Minha primeira gravidez foi aos 23 anos. O barulho externo e
o barulho interno me ensurdeciam e eu não conseguia aquietar meu coração.
Acabei em uma cesárea desnecessária às quase 42 semanas de gestação, num
processo completamente diferente do que desejava para o surgimento da minha
família. Procuro ressignificar isso ao revisitá-lo e transformar meus
conhecimentos em possibilidades para vivências positivas para outras famílias,
através do empoderamento pessoal.
Na procura por ressignificar o que vivi, criei
o blog Coletivo Maternar, que inicialmente era um blog de desabafo, e de
registros do que eu pesquisava sobre temas relacionados ao crescimento do Cauã.
Ainda a partir dessa vivência, criei o Movimento pela
Humanização do Parto e Nascimento em natal (MHPNNa). Na busca de informar
outras mulheres do que poderiam vivenciar e de como se proteger pra viver um
parto legal. Anunciar ao quatro cantos do mundo que um parto respeitoso, bonito
e prazeroso era possível e que receber seres por um processo assim pode sim ter
um impacto positivo em nossa sociedade.
Estar em conexão com outras mulheres e mães me fortalecem
muito. Viver a sororidade e poder viver o auxílio mútuo entre mães nessa
jornada tão intensa que é a maternidade proporcionam um significado belo à
minha existência.
Bem-vindo!
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