“Cuidado
viu, a cunhada da prima do vizinho do meu namorado morreu no parto normal. O
filho da amiga da tia do meu professor ficou com problema por causa disso.”
Ah!
As entidades fantasmagóricas que assombram o inconsciente coletivo e que
parecem cutucar as pessoas quando vêem uma mulher grávida para contar toda e
qualquer história milaborante cheia de carga negativa para carregar ainda mais
a mente e o coração daquelas que geram uma nova vida que chegará ao nosso
planeta.
O
ato de estar grávida parece ser bastante social quando o bebê está na barriga e
quando está nos braços da mãe. Mas infelizmente caminhamos para um ato social
que é individualista, porque ele parece ser somente um mundo de pitacos e
histórias de caráter duvidoso ao invés de ser um portal de acolhimento da mãe e
do bebê.
Estar
grávida para algumas pode ser uma dádiva, para outras um fardo. A grávida conta
já com uma série de novidades no seu corpo, mente e espírito. Anseios, medos, expectativas,
mudanças bruscas permeiam o resto da vida da mulher que se torna mãe. Pode
parecer que não, mas a maternidade pode ser um tanto isoladora. Primeiramente
porque esse papel social dos indivíduos que contam histórias mirabolantes, ou
que acariciam a barriga sem pedir permissão, termina ali. Quando a mãe precisa
de apoio depois do nascimento, por exemplo, essa função social morre. É um ser
social individualista e egoísta. Onde ele faz algo sem cogitar o que a grávida
sente ou pensa a respeito, portanto, deslegitimando a mulher e o bebê. Mas isso
vai muito além.
Quando
você fala algo ruim, seja contando uma história seja compartilhando histórias
negativas sobre qualquer que seja o assunto, você está jogando uma carga
negativa no ser que chega. Já pensou sobre isso? A gestante lê ou ouve algo
desagradável e seu corpo biologicamente irá responder, e a sensação que ela
tiver o bebê irá sentir. Já bastam as tristezas inerentes à existência, né?
Na
minha primeira gravidez, tive que rebater inúmeras vezes comentários
desnecessários sendo até mesmo grossa para que as pessoas compreendessem o
limite que eu estava colocando. Na segunda gestação, ainda colhi alguns desses
frutos, principalmente de pessoas mais próximas que compreenderam os limites
que eu já impunha. Mas qualquer grávida/mãe sabe como, por exemplo, se sai uma
reportagem negativa sobre parto, imediatamente algumas muitas pessoas
compartilham com essa mulher. Já se saem reportagens positivas, ou não
compartilham ou um número significativamente menor de pessoas o fará.
Por
isso hoje, eu convido você a assumir a responsabilidade enquanto ser Humano no
planeta Terra. Uau! Parece um pouco demais? Não.
Bem
simples: quando você tiver contato com uma gestante simplesmente conte
histórias positivas, fale sobre coisas legais. Já basta o patriarcado e o
machismo cotidiano para oprimir as mulheres. Leve mensagens de apoio,, procure
escutar o que ela tem a dizer e respeite. Respeito mútuo é algo básico para
termos relações saudáveis, não é mesmo?
Então, vamos encher esse bebê de coisas
positivas. Pra que ele saiba que a vida aqui fora vale a pena e pode sim ser
muito bonita.
Em
alguns lugares, as gestantes ficam recolhidas no período da gestação, por
considerarem esse período sagrado e por isso muito importante utilizar um
filtro para a energia que chega à mãe e ao bebê. No Brasil já existem locais
que os casais vão durante esse período até um pouco após o parto para viverem a
plenitude do momento sem as influências negativas que conviver em sociedade
pode proporcionar.
A
mesma dica fica para as pessoas que conhecem mães. As mães dão o melhor que
podem. Se quiserem ajuda ou sugestão, vão pedir. Portanto, nada de encher de
carga negativa ou de pitacos (que podem ser mau recebidos) mães e pais, ok?
Vamos criar uma rede de apoio consciente de seu papel e apoiadora de verdade
das mães e pais.
Vamos
ensinar a todos que nos rodeiam sobre a importância do bem dizer?
Participe
compartilhando notícias ou coisas bonitas para gestantes e mães do seu círculo
social use a #falarconsciente
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